quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ibitipoca

Começou na estrada. Lá estava ela. Linda! Brilhante! Enorme!
Olhei pra ela e pensei: acho que é um sinal de beleza para o final de semana.
Ao meu lado, a poetisa, Nazaré. Que nome legal pra poeta... ou pra pofeta???
Fui seguindo o caminho, de mansinho, nao dava pra parar... e tudo estava tao lindo, a energia boa demais e a lua atrás.
"Ela" era a lua, tao linda e poderosa, tao minha e tao tua. Tao graciosa e vaidosa, mas vagabunda, nao sai da rua.
A noite foi boa, tranquila, amável e anfitria... ai se eu imaginasse que seria tao bom...
Quando chegou a sexta-feira (e i pior é que era feriado pros mortos), eu estava mais viva que nunca. Quase nao dormi, mas nem liguei, "vamos partir"!
Ônibus, cigarro, estrada, roça, pigarro, fossa, nao chega! Que joça!
Mas a paisagem era boa, serena. Oa! Chegou! Lima Duarte! Bar pra fazer xixi e estrada. Terra, poeira. Dedinho solicitando carona e...nada. Eis que surge um casalzinho maneiro num carro com carroceria aberta. Pula aí. Nós e as malas embolando no carro. Ai. Peraí. Tá didícil acender o cigarro!
E come poeira, sobe ladeira, balança cadeira.
E de repente, eis que surge Ibitipoca (pedra ôca), linda, maravilhosa. O astral perfeito, amigos feitos, bom demais.
Caana, grama, crianças com catapora, "bora lá fora?", Dandan e Lili, Ibitilua, já dentro da rua e a gente só ri, né Pri?
Comida gostosa, MPB, garoa cremosa, faltava você. Cachaça e cerveja, muita graça na mesa que dormi sem perceber. Ibitipoca soberana, quem te conhece te ama e eu quero te ter.
Lá o dia nao passa, é só felicidade e doideira, ninguém faz pirraça, paz e amor a vida inteira.
Cachoeira, cachoeira, cachoeira.
Ibitipoca que te quero pronta, torta, precária.
Que te quero assim, esplendorosa, de braços abertos, gritando shshshshshsh, o barulhinho dos riachos e dos pássaros.
Ibitipoca que te quero minha, tua, nossa, calma. Ibitipoca que nao é de niguém, é só de Deus e da nossa alma.

08/11/01... e já se vao 8 anos!

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