Original da Antarctica e uma noite de eu, eu e...
Solidão sem coração e lágrimas de erosão... Ui.
Todos os mesmos cigarros embriagados de sempre.
Todas as mesmas questões, somente levemente mais maduras e
por isso mais profundas em seus questionamentos.
Cinema, teatro, música, criação.
Tudo ainda perdido e quase em vão.
Vontade de sair e encontrar o mundo, mas subterfúgio, fujo.
Não sei pra onde ir se não estar aqui neste meu mundo de
solidão.
Queria outro tipo de amor, outra face do glamour.
Não me conserto e só me estrago.
Ouço Roberto, Geraldo e só o passado.
Porque tenho dificuldade de futuro escuro.
O desconhecido que atrai e que permanece inerte por não
chegar.
Tenho todas as lágrimas e todo amor guardados.
Pra um possível namorado que nunca mais chegou.
Foto do Homem da vida no casamento , maltratou...
O que ainda poderia haver em mim de crença de algo,
Mas já em nada acredito.
Porque nada quero.
Aí uma louca vontade de me entregar a razão, ao capitalismo
cego da engrenagem necessária que eu nunca desejei.
Mas que hoje bem sei ser necessária.
Latifundiária.
Esplendor.
De encantos perdidos e escondidos numa vida que não sei o
que virá.
De sonhos escondidos até mesmo de mim mesma.
Escrevo sem saber o que escrever.
Só para tentar dizer o que também não sei.
Vou deitar, pra tentar sonhar...
Porque esta vida real já me confunde.
Me invade estranha, me chama e me deixa.
Melhor dormir.
E ir, onde o universo paralelo levar.
Sem mais desejar,
Entrego-me ao nada, nem apaixonada,
À dor.
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